segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tocantinópolis

Praia do Meio
Vista do cais de Tocantinópolis
 

Vista da Cidade
  
BEIRA RIO

 

Tocantinópolis

Localização: região Norte
Área: 1.077 Km²
Distância a Palmas: 517 km
Aniversário do município: 28 de julho
População: 21.334 habitantes (2007-IBGE)
Prefeito: FABION GOMES DE SOUSA
Telefone da prefeitura: 63 - 3471-7106
História: a história do município se inicia em 1818, com a chegada de padres jesuítas à região, para catequizar os indígenas do Norte. No mesmo período, no século XIX, os primeiros bandeirantes começaram a se fixar na região.
Em 1858 o município é emancipado, com o primeiro nome da Boa Vista do Tocantins. Em 1943, passa a chamar-se Tocantinópolis.
Atrativos: ilha Santa-Ilha, praias do Cais e do Fernando, rio Tocantins, Praia Tauré, praia da Ilha de Ipepacônia e balneário Ribeirão Grande.
Festas populares: aniversário da cidade, Nossa Senhora da Consolação, Folia de Reis, Santíssima Trindade e do Divino.
Padroeira: Nossa Senhora da Consolação (15 de agosto)
Economia: agropecuária

HISTÓRIA DA CIDADE

Por estar localizada numa ondulação a beira rio, local bonito, deram-lhe o nome de Boa Vista.
Tocantinópolis teve sua origem no primeiro núcleo de povoação, datado de 1818, quando Bandeirantes, partindo de Pastos Bons no Maranhão, vieram a procura de índios para catequisar. Os Bandeirantes Cipriano, Antônio Faustino e Venâncio se dedicaram à lavoura nesta região depois de se desligarem da bandeira, por ser este um lugar aprazível, possuir muitos mananciais de água, terra fertilíssima, muita madeira para construção e magníficos babaçuais. Espalhada a notícia sobre o local, vieram muitos moradores de Carolina (MA), tendo a frente D. Apolônia. Cada um construiu sua casa em disposição de rua. Nesta época para ali se dirigiu, também, Frei Vicente do Monte de São Victor, que viera catequisar os índios Apinagés, habitantes de uma aldeia não longe de Boa Vista.
O frade construiu uma Capela dedicada ao Divino Espírito Santo, considerada a pedra fundamental da futura cidade.
Por volta de 1.897, fixou residência nesse povoado o Padre João Lima que, por sues efeitos, se tornou tradicional. Não era ele somente o Vigário que guiava o povo de Deus no que diz respeito a religião; era chefe político também. Foi Prefeito da cidade e Deputado Estadual por dois mandatos. Mantinha a população de tal modo fanatizada, que somente sua opinião era executada. Havia até um ditado popular: Quem manda aqui sou eu, e o Padi João na Boa Vista! Padre João, magnânimo, energético, promoveu 3 grandes revoluções das quais a principal foi a última, no ano de 1.936. Nesse ano foi eleito o Prefeito Manoel Gomes da Cunha. O Padre João Lima, por ser seu adversário político, retirou-se para o interior do Município em sinal de greve e protesto e organizou uma turma de 200 homens armados, inclusive indígenas e, a 10 de maio de 1.936, entrou na cidade tomando a Prefeitura, após ter posto a correr todos os funcionários das repartições. A fama do Padre João se espalhou logo por toda parte e ficou gravada no Hino Patriótico da cidade que chama este lugar de Terra do Padre João.
Com a morte do Padre João, sucedeu-o na Paróquia de Tocantinópolis, o Padre José Klaus, da Diocese de Porto Nacional.
Em 20.12.54 foi criado a Prelazia de Tocantinópolis pela Bula Papal, CÉU PASTOR, de Sua Santidade o Papa Pio XII, de saudosa memória, com território desmembrado integralmente da Diocese de Porto Nacional. A mesma foi confiada pela Santa Sé aos cuidados pastorais dos Padres da Pequena Obra da Divina Providência - D. Orione.
Os primeiros missionários que vieram da Itália para trabalharem no norte goiano, isto é, na Prelazia de Tocantinópolis, morreram afogados nas águas do Rio Tocantins. Foram eles: Pe. Egídio Adobatti, Ir. Serra. O Pe. André Alice escapou do naufrágio e assumiu como o primeiro superior da Missões até 1.956, quando foi nomeado Administrador apostólico, o Pe. Quinto Tonini - FDT, nomeado pelo Papa Pio XII, como o primeiro Administrador Apostólico da Prelazia de Tocantinópolis. Governou pastoralmente a mesma no período de 1.956 a 1.959, quando renunciou ao cargo por questões de saúde.
A sede ficou vacante, assumiu interinamente como Vigário Capitular o Pe. Pacífico Mecozzi até o ano de 1960. Depois foi nomeado o 2º Administrador Apostólico, o Pe. Cornélio Chizinni, que administrou a  Prelazia na condição de Padre até o dia 29 do 06 de 62, quando foi sagrado bispo no Rio de Janeiro pelo Núncio Apostólico Dom Armando Lombardi. E continuou no governo da prelazia na condição de Bispo Prelado até 12.08.81, quando faleceu em Goiânia.
Antes de morrer ele soube que o Papa João Paulo II tinha promovido a Prelazia à categoria de Diocese e ele havia sido escolhido como 1º Bispo Diocesano.
A sede ficou vacante novamente. Assumiu por eleição direta do Conselho dos Consultores, o Pe. Nilson Vieira da Silva, como Vigário Capitular, no período de 14.08.81 a 10.01.82 pelo Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns. O mesmo pertence às fileiras dos Padres da Pequena Obra da Divina Providência Dom Orione, e adotou como lema: IN CHARITATE NON FICTA, NA CARIDADE NÃO FINGIDA.
O território da Diocese de Tocantinópolis abrange uma área de 38.311 km², onde se localizam cidades que vão de Arapoema à Filadélfia e desta à São Sebastião do Tocantins, perfazendo um total de 21 Paróquias assistidas pelos padres diocesanos e religiosos de Dom Orione, unidos num todo ao bispo diocesano.
Com o advento dos Padres os trabalhos pastorais, educacionais e sanitários aceleram o desenvolvimento de toda a região. Porém o isolamento, os conflitos de terras, a grilagem, a pistolagem e o assassinato no campo e nas cidades levaram o povo desta conceituada região ao medo e à insegurança. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário