Brasão & Bandeira
Xambioá
Localização: região NorteÁrea: 1.634 km2
Distância a Palmas: 507 km
Aniversário do município: 14 de novembro
População: 12.626 habitantes (2007-IBGE)
Prefeito: IONE LEITE
Telefone da prefeitura: 63 - 3473-1602
História: os primeiros habitantes de Xambioá chegaram ao local por volta de 1845, com a intenção de dominar os índios Karajá e fiscalizar a extração de látex. Mas foi na década de 1930 que o povoamento do local começou a se firmar, devido à descoberta das minas de cristal de rocha na região.
Em 1959 o local ganha a denominação de Xambioá e adquire autonomia política, desmembrando-se de Araguatins. O nome da cidade significa “pássaro preto veloz” e se refere à nação indígena Xambioá, que mantém reserva próxima ao município.
Xambioá tem uma grande importância para a história do Brasil, por ter sido palco da Guerrilha do Araguaia na década de 1970, sediando destacamentos de guerrilheiros do Partido Comunista do Brasil (PC do B) em plena ditadura militar.
Atrativos: praias do Murici, do Paletó e da Ilha do Campo; balneário da Chapada, Poção do Noleto no Riachão do Meio e Poção dos Maçons.
Festas populares: Dia de Santos Reis, festa junina, Festa de São Miguel, aniversário da cidade e o Carnaxan (carnaval fora de época, em julho).
Padroeiro: São Miguel (29 de setembro)
Economia: agropecuária, mineração e turismo
OS PRIMÓRDIOS DE XAMBIOÁ | |||||
| Com a descoberta de uma jazida de cristal de rocha quartzo na chapada do Chiqueirão em junho de 1952, através do caçador José Coelho da Silva (Zé Grande) é que se iniciou a povoação não índia na região que hoje é o município de Xambioá. Mas no ano de 1881, o presidente da Província de Goiás e escritor, Dr. J. A leite Morais, navegando pelo rio Araguaia encontrou por aqui ruínas do antigo *PRESÍDIO DE CHAMBIOÁS, fundado em 1868, pelo escritor e general José Vieira Couto de Magalhães e pelo Frei Savino Remini (capelão militar). Entre 1910 e 1917 o Coronel João Crisóstomo Moreira residiu aqui com sua família e diversos agregados. De 1930 a 1952, outro morador, o lavrador e barqueiro José (Zé Toco) Gomes Leitão e sua família e alguns agregados habitaram estas terras que outrora pertenciam à nação indígena CHAMBIOÁ que convivia pacificamente com estes moradores. E finalmente em dezembro de 1952, adquirindo então este aprazível lugar de nome CHAMBIOAZINHO, do senhor Zé Toco, o comprador de cristal e comerciante Francisco Souza Oliveira em uma reunião com dezenas de garimpeiros, no dia 26 de janeiro de 1953 na Chapada resolve doar 100 lotes para construção de 66 barracos de palha de babaçu nas hoje avenidas Araguaia e Presidente Vargas. Sendo esta data considerada como fundação de XAMBIOÁ. (*) Eram Colônias Militares edificadas aos longos dos rios, mares e fronteiras no reinado de Dom Pedro II, para defesa das riquezas do território brasileiro. No Rio Araguaia as seguintes: no Alto - Araguaia, o Presídio de Leopoldina, hoje Aruanã, Goiás; no Médio - Araguaia, o Presídio de Santa Maria do Araguaia, hoje, Araguacema, Tocantins; no Baixo - Araguaia, os Presídios de Chambioás, hoje Xambioá, Tocantins, de São Vicente do Araguaia, hoje Araguatins, Tocantins e o Presídio de São João de Duas Barras, hoje São João do Araguaia, Pará. | |||||
| O Topônimo Xambioá | |||||
| Existem três versões todas na língua karajá (tronco macro-jê) que XAMBIOÁ, quer dizer: “UMA OUTRA ALDEIA”. XAM = AVE, BIOÁ = VELOZ, traduzindo: ”AVE VELOZ E OU PÁSSARO VELOZ”. XAM = TERRA, BIOÁ ou BIGUÁ= ÁGUA, traduzindo: “TERRA DE MUITA ÁGUA”. Quem nasce em XAMBIOÁ é XAMBIOAENSE. | |||||
| Foi palco da guerrilha do Araguaia, entre os anos 1972 a 1975. | |||||
| No conflito entre o Exército Brasileiro e guerrilheiros do Partido Comunista do Brasil (PC do B), dezenas de comunistas foram mortos ou capturados. Do lado do Exército Brasileiro, aproximadamente 16 soldados pereceram. Alguns habitantes da região que integraram as fileiras guerrilheiras também morreram. Houve ainda os "bate pau", que eram os moradores do local que optavam por ajudar o exército. Alguns guerrilheiros e militares que participaram do conflito atuam hoje politicamente dentro da normalidade democrática. Destacam-se José Genoíno e o Major Curió. Xambioá é um termo indígena que significa Pássaro Veloz. | |||||
| Fatos Importantes | |||||
| XAMBIOÁ produziu o maior bloco de cristal do mundo, de 286 quilogramas, retirado do Manchão do Sarampo, região da chapada do Chiqueirão, em 1959, como também o maior bloco de ametista, de 03 quilos e 800 gramas, retirada do km 04, em 1954. A criação do Distrito de CHAMBIOAZINHO se deu através da Lei Municipal, n. 15 de 29/09/1956. Tornando-se assim Distrito de Araguatins. A criação do Município de CHAMBIOAZINHO se deu através da Lei Estadual de n. 2.118, de 14/11/1958. Passou a chamar de apenas XAMBIOÁ, por sugestão do seu primeiro prefeito Sebastião Gomes da Silva. A instalação do Município de XAMBIOÁ se deu no dia 1º de janeiro de 1959. | |||||
| Guerrilha do Araguaia | |||||
| Entre os anos de 1972 a 1975 se desenvolveu a triste e famosa GUERILHA DO ARAGUAIA, entre militares comandados pelos generais Hugo de Abreu, Antônio Bandeira e Viana Moog e guerrilheiros do Partido Comunista do Brasil (PC do B) comandados por Osvaldo (Osvaldão) Orlando Costa, João Amazonas Pedrozo, Maurício Gabrois e Ângelo Arroyo e a cidade de XAMBIOÁ, foi o palco mais importante desta luta sangrenta que resultou em crimes bárbaros, em violências de todos os aspectos, inclusive em prisões com sessões de torturas e mortes de alguns moradores desta terra, como a do barqueiro e farmacêutico Lourival de Moura Paulino (que morreu na antiga prisão onde é hoje a Coletoria Estadual). Em 2002 numa grande solenidade, as cinzas do guerrilheiro João Amazonas foram esparramadas próximo ao terreno onde será construído o MEMORIAL DOS POVOS DA BACIA DO ARAGUAIA (próximo ao anel viário). A construção deste museu está a cargo do INSTITUTO DE APOIO AOS POV0S DO ARAGUAIA, presidido pelo ex-guerrilheiro Michéas (Zezinho do Araguaia) Gomes de Almeida.
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Os Karajá, Javaé e Xambioá são o mesmo povo e se autodenominam Iny. Pertencem ao tronco linguístico Macro-Jê, família Karajá e língua Karajá. Os tres grupos falam a mesma língua e vieram migrando do Norte, baixo Araguaia antes de 1500. Mantiveram suas aldeias separadas em virtude da luta com o nao-índio. Os Karajá sao, sobretudo, pescadores e coletores, embora hoje também façam roças.
A festa do Hetoroky, ou iniciação do menino para a fase adulta, reúne famílias Karajá de aldeias distantes e é comemorada com danças, lutas e comida farta, mantendo uma forte liga?ao com suas origens.Os Karajá tem tradição na arte de fazer cerâmica. As mulheres oleiras fazem figuras de animais, figuras míticas, representações do cotidiano e, principalmente, as bonecas ritxokô, vendidas como artesanato.
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